No Geraes é assim: de início, parece tudo igual. A paisagem é ampla, montanhas, quando se vê, estão esmaecidas ao longe. No auge da seca o verde salpica aqui e acolá; nas águas flores, cheiro de terra molhada, rastros variados nas terras úmidas. No Gerais é assim, quando o olhar se acostuma, quase nunca é o mesmo, ainda que sua rota passe repetidas vezes pelo mesmo lugar, não é o que se viu, assim como se vê, hoje, amanhã já é diferente, então os caminhos começam a variar, elevações se aproximam, as trilhas lineares se encurvam como os retorcidos dos troncos, dos galhos, é então que se ouve vozes, passaros, cães, crianças, mugido de gado em meio à vegetação que balança ao vento ... Áreas de matas sucedem os campos, as caatingas, as chapadas, os tabuleiros, as veredas, os espigões. Rastros de veado, onça, joão-de-barro, juriti, sandalias, botinas, calvagaduras ...
No Geraes é assim: quase nunca do mesmo jeito, assim aprendemos com os seus moradores.
No Geraes é assim: quase nunca do mesmo jeito, assim aprendemos com os seus moradores.